O que significa depressão, causas, sintomas e tratamento da depressão, identificando problemas associados, e o modo de a prevenir.


Depressão na clinica psicológica

A depressão é um quadro muito freqüente na clínica psicológica. Classicamente, a depressão é definida como a redução de comportamentos positivamente reforçáveis e um aumento de comportamentos de fuga/esquiva. Isto significa dizer que o indivíduo deprimido se relaciona menos com outras pessoas, tem menos interações agradáveis/prazerosas com as pessoas que o rodeiam e também com suas atividades. E, quando se fala que aumentam comportamentos de fuga/esquiva, significa dizer que o indivíduo depressivo passa a evitar situações em que venha a se sentir exposto ou que pensa que será inadequado ou repreendido pelos outros. Outros comportamentos de fuga/esquiva que aumentam se referem a chorar muito, permanecer na cama durante o dia, estar mais irritado, apresentar alterações importantes de sono e apetite, ou mesmo queixas fisiológicas (p.ex, dores). Assim, uma pessoa que apresenta um quadro de depressão – que pode ser em diferentes níveis de gravidade – pode estar se relacionando cada vez menos com pessoas, permanecendo mais em casa, sentindo-se muito triste e desamparada, muito irritada – especialmente quando alguém muito próximo faz tentativas de “empurrá-la” de volta à vida normal.
Quando uma pessoa depressiva procura a clínica psicológica, essa procura pode ser por vontade própria ou por um pedido da família ou de outro profissional da saúde. Quanto mais grave for a situação, maior terá que ser o envolvimento da rede de apoio do paciente (família, amigos, outros profissionais que o atendam) para que ele possa voltar ao seu funcionamento anterior gradativamente. O tratamento psicológico, dentro da perspectiva comportamental, envolve o aumento gradual de oportunidades em que o indivíduo possa se perceber como competente em conduzir sua vida novamente, como também a revisão/reorganização do que a pessoa pensa e sente sobre si mesma. Assim, é impossível voltar a sorrir sentindo-se um inútil, ou seja, o trabalho é integrado: tratar o indivíduo como um todo para que ele retome o controle de sua vida e o prazer de ser quem ele é.